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Vereadores decidem intermediar negociação entre professores e Executivo

Após audiência pública realizada pela Câmara de Camaçari sobre melhorias da educação municipal, na tarde desta quinta-feira (30/03), ficou decidido que os vereadores irão buscar o Poder Executivo para intermediar as negociações dos profissionais de educação em relação à pauta de reivindicações para o ano de 2016. 

A audiência foi presidida pela vereadora Professora Patrícia (PT), que reforçou o apoio da Casa aos profissionais da área. “Falo aqui não só como legisladora, mas também como professora. Estamos à disposição para auxiliar no que for preciso para garantir avanços”, afirmou.

O presidente do Sindicato dos Professores e Professoras da Rede Pública de Camaçari (SISPEC), Jorge Freitas, citou alguns dos pontos que constam na pauta apresentada pela categoria. “Temos itens que tratam das questões salariais, como a atualização e revisão do Plano de Cargos e Salários e a efetivação do piso salarial garantido por lei”, explicou. Ele informou que o documento foi entregue ao Executivo no início de dezembro de 2015.

As reivindicações dos professores vão além das lutas salariais, conforme registrou o professora Rosângela Batista. Segundo ela, os profissionais querem garantir melhorias nas condições das escolas e do ensino. “Queremos garantir que nossos alunos tenham merenda escolar, e tantas outras questões que vão além do salário. Não queremos nada além do que nós e os alunos temos direito. São 50 mil alunos e 1.900 profissionais de educação prejudicados com a atual situação da educação de Camaçari”, complementou. 

A audiência foi promovida pela Comissão de Educação e Assistência Social, presidida pelo vereador Jackson (PT). Ele informou que foram convidados o secretário da Fazenda, Camilo Pinto, a secretário de Administração, Lezineide Andrade, e o secretário de Educação, Jui Purema. Em ofícios encaminhados à Câmara, as secretarias informaram que compromissos assumidos anteriormente impediram a presença dos seus representantes na audiência pública. 

A ausência de integrantes do Executivo recebeu críticas dos professores que estiveram na audiência. “Isso demonstra a falta de compromisso com o presente e com o futuro da nossa educação. Cumprir o piso salarial é uma obrigação do Executivo. Nós não queremos greve, queremos qualidade no ensino”, argumentou a professora Ana Bueno. 

Para o vereador Elias Natan (PV), a audiência foi uma demonstração do compromisso da Câmara com a cidade. “Não podemos fazer leis determinando reajustes, pois este é uma responsabilidade do Executivo. Mas quando estas leis chegam aqui, nós aprovamos de imediato. Estamos aqui fazendo o nosso papel de ouvir a categoria, abrir espaço para os debates feitos pela sociedade e intermediar as negociações”, declarou.