Ações de combate ao transmissor da febre chikungunya são intensificadas no estado
Depois de confirmados, no dia 19 de setembro, cinco casos da febre chikungunya, no município de Feira de Santana, a 109 quilômetros de Salvador, a Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) está adotando todas as providências recomendadas para Ministério da Saúde (MS) para combater o aparecimento de novos casos.
A principal estratégia é o combate aos dois principais vetores – o mosquito Aedes albopictus e o mesmo transmissor da dengue, o mosquito Aedes aegypt. As ações como manejo ambiental, com eliminação de criadouros, e a utilização de veículos fumaçê também serão intensificadas.
Segundo o secretário Washington Couto, a doença, que teve origem no continente africano, já vem sendo monitorada há cerca de dois anos, quando os primeiros casos surgiram no Brasil, com pessoas que chegaram de viagens ao exterior. O diagnóstico é dado pelo Instituto Evandro Chagas, no estado do Pará, referência no cuidado com doenças tropicais e para onde foram enviadas 16 amostras de casos suspeitos em Feira de Santana e três em Salvador.
Não é necessária internação
O nome ‘chikungunya’, que significa “andar encurvado” em língua local da Tanzânia, onde teve origem, tem relação direta com os sintomas da doença, que são as dores no corpo, além de dor de cabeça, febre alta e manchas vermelhas na pele. Todos esses sinais podem se confundir com um quadro de dengue, mas a principal diferença da febre chikungunya é o aparecimento também de dores nas articulações, que podem ser associadas a inchaços. Outro aspecto é que os casos de morte com infectados pelo vírus africano são muito raros.
Em caso de suspeita, não é necessária internação hospitalar e o paciente deve procurar as Unidades Básicas de Saúde e Postos de Saúde da Família, que estão preparados para lidar com os casos. O tratamento é semelhante ao de outras viroses, com o combate aos sintomas, e inclui repouso, hidratação e medicação para o alívio das dores.
De acordo com a superintendente da Vigilância Epidemiológica e Proteção à Saúde da Sesab, Alcina Andrade, o enfoque das ações do estado está na prevenção, e a participação popular é fundamental. “O controle da proliferação do mosquito é também de responsabilidade de cada cidadão, porque o vetor é domiciliado e o criadouro dos mosquitos pode estar dentro de casa”.
Mobilização
“Duas das amostras soteropolitanas já deram negativo, mas recebemos a confirmação de cinco casos em Feira [de Santana]. Independente da manifestação apenas na cidade, já alertamos as 417 secretarias municipais de saúde sobre a doença e estamos ainda mais mobilizados nas ações de combate aos vetores”, informou o secretário Washington Couto.
Há casos registrados em outros estados como Ceará, Rio de Janeiro, São Paulo e Amapá, onde foram contabilizados os dois primeiros pacientes ‘autóctones’, que são aqueles infectados no território nacional, sem contato com outros países ou pessoas que chegaram do exterior.
Fonte: Secom/BA