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Audiência pública debate greve dos servidores municipais de Camaçari

 

A greve dos servidores públicos municipais de Camaçari já dura 36 dias, reunindo profissionais das mais diversas áreas. A categoria esteve na manhã desta terça-feira (03/05), no plenário da Câmara Municipal, para participar de audiência pública proposta pelos parlamentares da Casa sobre o tema.

A audiência foi iniciada logo após a realização da 15ª sessão ordinária. Inicialmente, a servidora Sara Baqueiro fez uso da palavra e explicou os motivos que levaram a esta paralisação histórica no município. “Enviamos o projeto para a prefeitura em dezembro de 2015, apenas em março fomos chamados para conversar e iniciar os diálogos. Mas logo nos foi dito que não teriam condições de conceder aumento algum”, lembrou.

Após rodadas de negociação, o Executivo propôs o pagamento de 10,67%, que corresponde à inflação do período, sendo que seriam dados 2% em maio e 8,67% em outubro, sem retroativo. A luta da categoria é garantir que estes percentuais sejam pagos retroativamente.

O auxiliar administrativo Edmilson das Dores também se manifestou, apontando como incoerente a isenção de impostos feita pela prefeitura para grandes empresas instaladas no município. “Se o cenário econômico é de crise, nada mais natural que cobrarmos os impostos de quem deve. O servidor não pode ser o prejudicado”, ressaltou.

A terceirização foi outro ponto questionado pelos servidores. Para o auditor interno, Alberson Costa, o aumento nos custos de terceirização num momento em que o país vive um cenário de crise não deveria acontecer. “Nos dizem que não têm dinheiro para cobrirem as despesas com a reposição salarial dois servidores e seguem aumentando a quantidade de terceirizados”, criticou.

Representando os servidores falaram também a técnica de informática, Verônica Souza; o enfermeiro, Wilquer Guerra; o motorista Luis Borges; o auxiliar administrativo, Renier Pessoa; o merendeiro Daniel Chagas, dentre outros. Também se manifestou o advogado do Sindicato dos Servidores Municipais de Camaçari, José Neves; o presidente do Sindicato dos Médicos de Camaçari, Francisco Magalhães; a professora, Flávia Velasco de Coqueiros, de Arembepe; além das estudantes da Escola Municipal Creuza Maria de Carvalho, Beatriz Rocha e Ludmila Borges

Após a fala de todos os servidores inscritos, foi a vez dos vereadores darem sua contribuição à audiência. O vereador Oziel (PSDB) deixou claro que a Casa segue acompanhando o andamento das negociações entre os servidores e prefeitura, e sugeriu que a Câmara apurasse todas as denúncias apresentadas pelos servidores.

Para o presidente da Câmara, vereador Marcelino (PT), o legislativo vem executando o seu papel de intermediador das demandas, dando total atenção ao impasse entre a categoria e o Executivo. “O nosso objetivo aqui nesta audiência era saber em que patamar anda essa negociação, para podermos ajudar no que for preciso”, destacou. Também fizeram uso da palavra os vereadores Zé do Pão (PTB), Elinaldo (DEM), Sessé Abreu (PSDB), Gilvan Souza (PT), Jackson (PT), João da Galinha (DEM) e Professora Patrícia (PT).