Bahia tem aumento de 94% dos casos de dengue em 2019
O número de casos de dengue – doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti – cresceu 94,1% em 2019, se comparado ao mesmo período de 2018, que registrou 204 casos. Este ano, do dia 1º de janeiro ao dia 18, foram notificados 400 casos da doença em 55 municípios. Em função do risco de surtos e epidemias, a Secretaria da Saúde do Estado da Bahia (SESAB), por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVEP), divulgou um alerta voltado aos profissionais de Saúde dos municípios baianos. As orientações, além de contemplar os casos de dengue, inclui as outras arboviroses (zika e chikungunya), também transmitidas pelo Aedes aegypti.
Alertar para a suspeição dos sinais e sintomas compatíveis com as arboviroses e mobilizar equipes de saúde para medidas de prevenção e controle são algumas das recomendações da DIVEP. Outros alertas dizem respeito à necessidade de fortalecer e alinhar a comunicação entre as equipes de atenção à saúde, vigilância epidemiológica e controle vetorial e intensificar as ações de controle vetorial nas áreas com registro de casos suspeitos ou confirmados de arboviroses e/ou elevados Índices de Infestação Predial (IIP), além de monitorar semanalmente os casos, mapeando áreas de risco e adotar medidas de controle capazes de reduzir o número de casos Também será intensificada a capacitação dos profissionais de saúde da rede pública a fim de aperfeiçoar o diagnóstico diferencial para a zika em gestantes, priorizando as coletas de amostras nos cinco primeiros dias.
O secretário da Saúde, Fábio Vilas-Boas, ressalta que construir uma estratégia agressiva de combate ao mosquito e de controle dos agravos é fruto de um esforço conjunto do poder público, empresas e sociedade em geral, visto que mais de 80% dos focos estão dentro das casas. Para tanto, completa o gestor, a Secretaria da Saúde do Estado, por sua vez, distribuiu, no final de dezembro de 2018, 7.400 kits para serem utilizados pelos agentes de controle de endemias dos 417 municípios. Com investimento superior a R$ 2,6 milhões, cada kit é composto de 26 itens, como pesca larva, pipetas de vidro, tubos de ensaio, álcool, esponja, lanterna de led recarregável e bacia plástica, dentre outros materiais. “Os agentes de controle de endemias têm um papel fundamental na eliminação de focos do Aedes aegypti, pois na visita aos imóveis, eles eliminam criadouros, orientam moradores e realizam mobilizações”, pontua.
Fonte: A Tarde