Ir para o conteúdo Ir para a navegação principal Pular para o rodapé

Câmara debate alternativas para superar a discriminação racial

“Combatendo e Superando o Racismo na Sociedade Atual” foi o tema da Sessão Especial proposta pela Coordenação de Igualdade de Direitos e Combate à Discriminação da Secretaria de Desenvolvimento Social e Cidadania de Camaçari (SEDES). A Sessão aconteceu na manhã desta quarta-feira (21), na Câmara Municipal de Camaçari, em comemoração ao Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial.

Com o plenário lotado por estudantes do Colégio Modelo Luís Eduardo Magalhães de Camaçari, e com a presença de membros das comunidades quilombola, indígena e cigana do município, os participantes debateram sobre como superar a discriminação racial, que atinge milhões de pessoas em todo o país.

Representantes de diversas etnias, dos negros, ciganos, indígenas, entre outras, participaram da Sessão, a fim de expressar sua opinião sobre o tema proposto.  “Devemos junto aos vereadores fazer uma comissão para discutir de que forma podemos contemplar e beneficiar com políticas públicas essas pessoas que moram em nosso município”, disse a liderança indígena Itamaraty Kariri, sobre os povos  indígenas e ciganos.

A vice-presidente do Grupo de Ação e Assistência à Comunidade de Cordoaria, Aurelina Oliveira, comentou sobre a busca por políticas públicas para as comunidades. “Precisamos de mais qualificação e educação. Temos direito às cotas específicas em universidades públicas, mas o município não dá suporte aos nossos jovens para que eles possam estudar e se formar”, se manifestou.

O evento contou também com a palestra de professores sobre a história da diáspora africana por conta da escravidão dos negros, e também com o depoimento de pessoas negras que conseguiram se impor no mercado de trabalho por suas habilidades e competências. Entre elas, a treinadora de futebol feminino Dilma Maria e o representante da Rede Mundial Étnico Empreendedorismo, Edson Costa. “A melhor forma de combater o racismo é com o protagonismo de nosso povo. Em Camaçari, não é diferente, pois mais de 70% dos negócios que se abrem no município são de pessoas de comunidades periféricas”, comentou Costa.

O vereador Gilvan Souza (PR) presidiu a sessão e falou sobre a importância de entender a amplitude do que é a discriminação. “É o não reconhecimento dos direitos, sobretudo das pessoas com deficiência, das pessoas do grupo LGBT, do tipo de cabelo, dos povos indígenas e ciganos. A gente precisa falar da sociedade convivendo e respeitando a diversidade humana”, proferiu o parlamentar.