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Coronavírus muda os hábitos de famílias


O aumento do número de casos de Coronavírus no estado tem deixado os baianos em alerta e mudado comportamentos. Além do álcool em gel, muitas pessoas já estão evitando sair de casa para evitar a contaminação. A família de Marcos Leandro Cruz não desce para brincar com a filha nas áreas comuns do condomínio.

Desde que foi divulgado o primeiro caso no Estado, Marcus e sua esposa, Carolina Buniac, passaram a evitar locais com aglomeração e reforçaram orientações de higiene para a filha Gabriela, de três anos.

“Final de semana era dia de descer para ela brincar. Agora, arrumamos tudo para que ela fique em casa”, conta Marcos.

Além disso, a criança foi orientada para que usasse álcool em gel e não pegasse em corrimão, maçaneta e no botão do elevador.

O infectologista Robson Reis aconselha um distanciamento social. “Mas que não significa fechar estabelecimentos e suspender aulas, porém evitar locais com aglomeração ou por onde passam muitas pessoas. Não existem orientações oficiais para um isolamento mais enérgico”, diz.

No entanto, ontem, além da Pan Americana, a Gurilândia informou que um pai de aluno foi diagnosticado com Coronavírus e interrompeu as aulas. Já o colégio Antônio Vieira seguiu o mesmo rumo, mas por motivo diverso: uma aluna e a mãe foram diagnosticadas com H1N1; outros três estudantes estão com os sintomas e aguardam exames.

O psicólogo Eli Samuel faz um alerta para a forma de lidar com o distanciamento social. “Quando a gente exagera, colocamos em xeque nossa saúde mental”, diz.

Conexão

Marcos e Carolina tiveram cuidado para que a filha não se assustasse. “Falamos que é preciso passar álcool para não pegar uma gripe”.

Segundo a psicóloga infantil Emanuelle Rios, é necessário atenção na forma como são transmitidas as informações. “As crianças enxergam com muito mais intensidade e isso pode levá-las à ansiedade e medo”, indica.

Com Gabriela mais tempo em casa, os pais precisaram ocupar o tempo da filha e passaram a brincar com ela. A psicóloga infantil acredita que essa nova rotina pode servir para “gerar conexões na família”. Ela aconselha que os pais pensem em brincadeiras que fujam dos eletrônicos.

*Sob a supervisão da jornalista Mariana Carneiro

Fonte: A Tarde