Descontos nos preços de artigos escolares podem chegar a até 15%
Com o início das aulas se aproximando e o preço do material escolar até 35% mais caro em relação ao ano passado, toda estratégia é válida na hora de conseguir descontos. Além de bater perna e pesquisar bastante, os pais podem se juntar em grupos e reduzir em até 15% o valor total da lista, comprando os artigos escolares em quantidade.
Na Livraria e Papelaria Garcia, por exemplo, os preços não sofreram reajustes em relação ao mesmo período do ano passado e quem compra em espécie ainda economiza 10%. “Como a crise está muito grande, mantive os preços dos produtos que eu já tinha no estoque, e damos desconto para pagamento em dinheiro”, declarou a proprietária Darci Faria das Neves.
Na loja, os clientes que comprarem em grupo podem conseguir um desconto ainda maior. “No ano passado, consegui dar 15% de desconto para três pais que compraram juntos a lista dos filhos e pagaram à vista”, revelou a empresária.
A redução de 10% nos pagamentos em dinheiro também é uma condição oferecida na Livraria e Papelaria Popular, localizada na Praça da Piedade. Para quem vai pagar no cartão e quer baratear as compras, vale a pena adquirir os artigos no atacado e procurar outros pais de alunos para dividir a conta.
“Para quem compra em quantidade, conseguimos dar desconto em cima de cada produto, e ainda parcelamos o valor em até seis vezes, a depender do valor total da compra”, explicou o vendedor João Luís Neves. Na Livraria Monteiro, quem compra à vista em dinheiro ou em quantidade garante a redução de 5%. O valor, no entanto, pode chegar a até 10% caso o consumidor adquira a embalagem lacrada.
“Uma pasta com elástico custa R$ 1,80. Damos o desconto de 5% na compra de cinco unidades, e de 10% para quem comprar a embalagem lacrada que vem com dez unidades”, explicou a vendedora Claúdia Cerqueira. Todas as sete livrarias pesquisadas pelo CORREIO oferecem o desconto de pelo menos 5% nos artigos de papelaria, caso o cliente realize o pagamento em espécie.
Ajuda nas compras
A auxiliar administrativa Deise Reis teve uma mãozinha extra para comprar o material escolar dos filhos Gustavo e Guilherme no ano passado. Por meio de um benefício do Laboratório Sabin, onde trabalha, Deise comprou tudo mais barato e o valor foi descontado do salário, de forma parcelada.
“Gastei R$ 500 com o material escolar dos dois, parcelei em quatro vezes e nem senti a despesa. Pela cotação inicial que fiz, as compras custariam R$ 600”, diz. O benefício da empresa funciona assim: os colaboradores enviam as listas dos seus filhos para o setor de Recursos Humanos (RH), que realiza a cotação dos preços e negocia um desconto para a compra em quantidade.
Posteriormente, cada funcionário recebe uma autorização de compra para se dirigir à loja e escolher os produtos. “Em 2015, conseguimos um desconto para pagamento à vista de 15% e os nossos colaboradores pagaram em três ou quatro parcelas, a depender do valor total, de forma que não impactasse no bolso deles”, conta a supervisora de RH do Sabin, Silvana Oliveira, que prevê um considerável aumento no número de funcionários que vão aderir ao benefício.
“Recebemos, no ano passado, as listas de 25 colaboradores. Esse número já foi alcançado apenas nos primeiros dias. Prorrogamos o prazo de entrega também, porque muitos ainda não receberam as listas da escola”, explicou.
Pesquisando em grupo
A empresária Tatiane Andrade, que é mãe das gêmeas Sophia e Giulia, resolveu se unir a outras nove mães de alunos e pesquisar preços. “Algumas pessoas preferem pagar a taxa de material escolar pela comodidade, mas para mim não vale a pena”, acredita.
Com o levantamento realizado, o grupo elaborou uma planilha com todos os preços e o menor valor encontrado pela lista é de R$ 154,20, que representa uma redução de 38% do que se fossem pagar a taxa de material escolar, que custa R$ 250. “São muitas as despesas que temos em janeiro. Como no meu caso preciso comprar tudo em dobro, cada centavo faz diferença”, afirmou Tatiane.
Procon orienta sobre itens não permitidos na lista escolar
Material de limpeza e artigos de escritório para uso exclusivo da instituição de ensino são itens estritamente proibidos da lista escolar, segundo a Superintendência de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon-BA).
“Itens de limpeza como álcool ou papel higiênico são proibidos pela legislação estadual, assim como material de escritório de uso administrativo como quadro negro, perfurador e extrator, por exemplo. Tais artigos são custeados pelo valor da mensalidade e representariam um pagamento em duplicidade”, explicou o coordenador técnico do órgão, Filipe Vieira.
Segundo ele, as instituições de ensino têm a obrigação entregar aos pais não apenas a lista de material escolar, como também o conteúdo programático, para que eles saibam quando e como os artigos serão necessários.
“As escolas precisam justificar a utilização dos artigos nas atividades de cada período, para que os familiares não precisem comprar e entregar tudo de vez, tornando a procura mais sazonal”, disse.
Vieira ressaltou ainda que os itens que não forem usados pelos alunos devem ser solicitado pelos pais ao final do ano letivo. “Trata-se de um patrimônio que precisa ser devolvido”. Caso seja identificado algum item considerado abusivo na lista, os pais podem procurar um dos postos do Procon-BA, ou entrar em contato com o órgão através do endereço eletrônico denuncia.procon@sjdhds.ba.gov.br.
Fonte: Correio