Em audiência pública, vereadores discutem esporte no município de Camaçari
O esporte em Camaçari foi tema de audiência pública realizada nesta quarta-feira (19/04) na Câmara Municipal. Após debate que durou cerca de três horas, o vereador Otaviano Maia (PT), proponente da sessão, informou aos presentes que irá propor uma reunião com o prefeito para tentar solucionar as questões críticas apontadas pelos participantes.
“Depois de ouvir todos os relatos feitos aqui, vamos propor uma reunião com os vereadores e em seguida levar as demandas expostas aqui para o prefeito Ademar Delgado. Precisamos dar ao esporte o tamanho que ele tem e também utilizá-lo para salvar vidas”, defendeu.
Participando como principal palestrante da audiência, a técnica de Voleibol, Sara Nascimento, falou sobre políticas públicas para o esporte e citou ainda necessidades vividas pelo município. “Camaçari é uma cidade que cresceu muito e deveria ter representantes de esporte atuando com apoio do poder público em diversos pontos da cidade e na orla do município. Assim a gestão municipal teria um alcance maior e teríamos mais jovens envolvidos com o esporte e não com a violência”, argumentou.
Também presente ao evento, o secretário municipal de Esporte e Lazer (SEDEL), Manoel Alves, reforçou o argumento, defendendo a extensão das atividades na área para orla e localidades mais afastadas da sede. “Camaçari possui uma orla extensa e temos o objetivo de que as atividades cheguem às crianças, jovens e adolescentes nos distritos e subdistritos de Camaçari”, revelou.
A importância do esporte para combater a violência esteve presente em todos os discursos, como no do mestre de Capoeira Ismael. “A capoeira chega onde a ação policial não chega. Ela entra nas favelas e sobe o morro. É respeitada e pode sim tirar jovens da marginalidade, do crime, e dar uma esperança de um mundo melhor”, pontuou.
Outros temas também foram debatidos, como o corte de repasse de recursos para a Cidade do Saber, que deveriam ser utilizados em projetos de incentivo ao esporte, além de questionamentos sobre a real capacidade de investimentos da SEDEL na área.
