Greve dos caminhoneiros afeta produção industrial em maio, diz o IBGE
O IBGE divulgou na manhã desta quarta-feira (04) que no mês de maio de 2018 a produção industrial nacional recuou 10,9% frente a mês de abril, a maior queda desde dezembro de 2008 (-11,2%), fruto da paralisação dos caminhoneiros que afetou o processo de produção de várias unidades produtivas no país, e cujos efeitos se prolongaram até a segunda semana de junho. Com o resultado, o patamar de produção retornou a nível próximo ao de dezembro de 2003, ficando, dessa forma, 23,8% abaixo do ponto recorde alcançado em maio de 2011. Na série sem ajuste sazonal, em relação a maio de 2017, a indústria recuou 6,6%, recuo mais intenso desde outubro de 2016 (-7,3%), e interrompeu doze meses consecutivos de taxas positivas.
De abril para maio, 24 dos 26 ramos industriais recuaram
O recuo de 10,9% da indústria em abril teve predomínio de resultados negativos, alcançando as quatro grandes categorias econômicas e 24 dos 26 ramos pesquisados. Entre as atividades, as influências negativas mais relevantes foram assinaladas por veículos automotores, reboques e carrocerias (-29,8%) e produtos alimentícios (-17,1%). Outras contribuições negativas relevantes vieram de bebidas (-18,1%), de celulose, papel e produtos de papel (-13,0%), de produtos de minerais não-metálicos (-14,3%), de produtos de borracha e de material plástico (-10,5%), de confecção de artigos do vestuário e acessórios (-15,4%), de outros produtos químicos (-5,6%), de produtos de metal (-10,5%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-12,9%), de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-11,7%), de metalurgia (-4,2%), de máquinas e equipamentos (-5,3%), de produtos de madeira (-15,1%), de outros equipamentos de transporte (-13,8%), de perfumaria, sabões, produtos de limpeza e de higiene pessoal (-10,8%) e de couro, artigos para viagem e calçados (-9,8%). Apenas os ramos de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (6,3%) e de indústrias extrativas (2,3%) assinalaram avanços na produção nesse mês.
Fonte: Agência de Notícias IBGE – Editoria: Estatísticas Econômicas