Reintegração de Posse: Câmara é desocupada após duas semanas
Após determinação da justiça, expedida pelo juiz de Direito, Bel. César Augusto Borges de Andrade, a Câmara Municipal de Camaçari foi desocupada na manhã desta quinta-feira (04). A ocupação acontecia desde o dia 20 de abril, quando estudantes se instalaram na recepção da Casa, em protesto contra o reajuste da tarifa do transporte público, que entrou em vigor no dia 10 de abril.
A reintegração de posse ocorreu após uma reunião entre uma comissão de estudantes, representantes do Juizado de Menores, dois oficiais de justiça e a Comissão Jurídica da Câmara, quando foi lido o mandado e cumpridas as demais formalidades legais. “A negociação foi feita de forma ordeira e pacífica por ambas as partes, sem resistência dos estudantes”, disse o oficial de justiça, Emerison Pereira.
A ocupação contava com estudantes das redes municipal e estadual, além de universitários do município e com o apoio da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (UBES) e da União dos Estudantes Secundaristas de Camaçari (UESC).
O movimento ocasionou desconforto, à medida que restringiu as atividades na instituição. A ocupação não interrompeu o expediente dos funcionários, contudo, limitou o atendimento ao público e resultou no adiamento, por três vezes, da 10ª Sessão Ordinária. Além, também, do adiamento da Sessão Especial em Homenagem ao Dia do Trabalhador, que ocorreria nesta quarta-feira (03).
“Gostaríamos que não fosse necessário ocorrer esta reintegração, pois em todo momento mantivemos o diálogo com os estudantes, com a realização de duas reuniões. Porém, percebemos que o movimento se tratava de um ato político, por isso, tivemos muita cautela na condução do assunto, delongando para reintegrar o local”, comentou o presidente da Câmara, vereador Oziel (PSDB).
“As atividades da Câmara voltam a funcionar normalmente, já que não temos nenhum impedimento de realizar as sessões e de voltar a ouvir o povo sobre as suas reais necessidades”, finalizou o chefe do Legislativo.
Procurados, os estudantes se recusaram a se pronunciar durante o ato de desocupação.