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Câmara debate pedágio mesmo com ausência do Estado e concessionárias

Mesmo sem a presença de representantes do Governo do Estado e da Bahia Norte, concessionária responsável pela praça de pedágio da Via Parafuso, os vereadores de Camaçari debateram a duplicação da Via Parafuso, as praças de pedágio e os impactos delas nas comunidades locais. O tema foi o foco da audiência pública realizada nesta quinta-feira (24/10), no plenário da Casa.

A audiência foi presidida pelo vereador Sessé Abreu (PRTB), que lamentou a ausência dos representantes das partes envolvidas na discussão. Segundo o edil, foram convidados o diretor da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba), Eduardo Pessoa, e a assessora de desenvolvimento Socioambiental da Concessionária Bahia Norte, Leani Mattei.

Participaram o secretário municipal de Infraestrutura, Everaldo Siqueira, a secretária de Desenvolvimento Urbano, Ana Lúcia Costa, o presidente da Associação Comunitária de Parafuso, Gilberto Santos, o presidente da Associação dos Produtores Rurais de Camaçari, Luciano Santana, o presidente da Associação de Moradores da Colônia de Férias Montenegro, Deogival do Carmo e o representante do Movimento Pedágio Livre, Eliomar Santos.

Dos convidados, quatro fizeram uso da palavra. O representante dos produtores rurais, Luciano Santana, teceu críticas ao pedágio.  “São construídos pedágios em frente às nossas casas e não dão segurança para sequer nossos filhos atravessarem as pistas para irem para a escola”, registrou, mencionando a falta de espaços destinados aos pedestres.

O público presente no plenário da Câmara pôde interagir, porém, diante da ausência da Bahia Norte e do Governo do Estado, as participações ganharam caráter de denúncias. Houve vários relatos sobre os impactos causados pelo pedágio nas comunidades vizinhas.

 Logo em seguida, vereadores foram para a tribuna e deram suas contribuições. Manifestaram-se os vereadores Jorge Curvelo (DEM), Falcão (DEM), Jackson (PV), Oziel (PT), Gilvan (PT), Wilton de Ferrinho (SDD), Marcelino (PT), Júnior Borges (DEM) e Elinaldo (DEM). Na sua vez, a vereadora Professora Patrícia (PT) criticou a forma como o Estado vem tratando Camaçari. “Aqui, em Camaçari, o Estado serve para receber empresários e indústrias, mas temos que fazer política é para o povo, não para empresas”, pontuou a parlamentar.

 O vereador Sessé Abreu foi mais drástico. “As empresas concessionárias e o governo do Estado mostraram que não respeitam o povo de Camaçari nem a Câmara de Vereadores. As políticas de Estado devem ser feitas adequando seus projetos às comunidades locais para evitar transtornos e facilitar a vida de todos”, desabafou.